Os (as) policiais civis do Paraná foram vítimas, na manhã desta segunda-feira (11), de mais um ato autoritário do Governador Ratinho Júnior (PSD). Ao realizarem uma manifestação pacífica, em protesto contra a proposta de correção do subsídio apresentada pelo governador à Assembleia Legislativa, os (as) policiais civis foram covardemente agredidos por policiais militares que faziam a segurança particular do governador.
A manifestação aconteceu em frente à sede do Detran, onde o governador realizaria uma visita. O objetivo dos policiais civis era chamar a atenção do governador Ratinho Júnioor, para a insatisfação da categoria com o índice de reajuste enviado à Assembleia Legislativa. Os manifestantes estavam na sinaleira, conversando com a população, e, ao estacionar o caminhão de som, foram atacados pelos policiais militares que fazem parte da segurança particular do governador do estado, que tentaram depredar o carro de som e agredir os manifestantes. A partir desse momento, os policiais civis reagiram e impediram esses policiais militares de continuarem a quebrar o carro de som e agredirem os manifestantes. Mesmo com a intervenção do Batalhão de Choque, os manifestantes reagiram e impediram que qualquer um (a) dos (as) policiais civis fosse detido. Quando verificaram a reação dos (as) manifestantes, os policiais militares da segurança do governador e do Batalhão de Choque recuaram, com os policiais civis mantendo a manifestação e o protesto em defesa dos salários.
O Presidente da Feipol-Sul, Fabio Castro, em nome da entidade, repudia mais esse absurdo do governo doo Paraná. “Essa não é a primeira vez que o governador Ratinho Jr. mostra o seu lado autoritário. A própria discussão do reajuste do subsídio, demonstra a verdadeira face desse governo. Mesmo com uma comissão, na qual o governo participava, que debatia o índice do reajuste, o governador atropelou as entidades e apresentou índices absurdos à assembleia, sem nenhuma discussão com a categoria. Agora, o governador extrapolou qualquer nível de razoabilidade, ao colocar a Polícia Militar para agredir seus próprios colegas da segurança pública. O que aconteceu nessa manhã em Curitiba, é de extrema gravidade. O governador Ratinho Júnior está querendo transformar a Polícia Militar em uma Guarda Pretoriana, a serviço das suas vontades pessoais. Quando um governante coloca policial para agredir policial, é a própria democracia e a população que está em risco. Os (as) policiais civis estavam protestando pacificamente e foram covardemente agredidos. Uma tragédia de grandes proporções só não aconteceu, porque os (as) policiais civis que estavam presentes, tiveram maturidade e frieza para lidar com a situação. Se o Governador Ratinho Júnior acredita que vai calar os policiais civis com violência, está totalmente enganado. A categoria vai continuar protestando, pois esse é um direito constitucional que é um dos principais alicerces da nossa democracia. Não será um projeto de ditador que vai calar a nossa categoria”.